How I love nature...
Aproveitando a maré de Alberto Caeiro da Manata...
Alberto Caeiro
XXIV - O que Nós Vemos
XXIV - O que Nós Vemos
O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
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Sinto-me como o Caeiro...gosto simplesmente de contemplar a natureza pelo que é. No entanto, acho que sinto alguma coisa que não consigo explicar quando observo a beleza da natureza. Sinto sem pensar...acho que sinto e não penso, não sei explicar. A natureza divina que o Homem teima em destruir...olho para a natureza mas sem pensar ...estou apenas ali a observa-la na sua leveza e movimento constante. O som das ondas, dos pássaros, o céu azul , o mar azul ou cinzento, com ou sem o brilho do sol, tudo isto desperta a minha atenção. Mas não sinto nostalgia ou outros sentimentos que de um momento para o outro se podem tornar negativos, simplesmente contemplo o que Deus criou mas sem sentir sem pensar (eu sei que me estou a contradizer mas é difícil explicar o que sinto ou nao sinto)
. . .
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...acho que já percebi, sinto-me leve. Não qualquer tipo de alivio emocional mas sinto-me leve... sou simplesmente simples.
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Eu sei que nada do que escrevi faz sentido mas pelos vistos é a maior tendência por estes cantos...:P
Obrigada à Manata e ao seu post que me incentivaram a escrever isto. Fiquei mesmo a reflectir no poema do Caeiro que puseste no teu blog. Já há muito que não lia o meu favorito dos heterónimos, Alberto Caeiro.
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Fotografias tiradas por mim em Sesimbra e Serra da Arrábida.
6 Comments:
faz mais sentido do que imaginas. a natureza é algo mesmo bonito né? e tem esse poder de nos deixar apenas a sentir sem pensar, sem querer pensar, apenas nós e o cenário que nos rodeia e à nossa frente se depara. é lindo demais para racionalizá-lo sequer.
e o poema é igualmente bonito. caeiro rules - sem querer descurar os outros heterónimos, tadinhos, mas Mestre é mestre ;)
beijo grande*
By sahara, at 1:24 PM
i dont wanna think, i wanna feel, e isto diz tdo!!
:) ** * * * * *
By marina, at 2:58 PM
Off the topic:
Que vergonha! Agora até a Câmara Municipal do Barreiro deve dinheiro aos D'zrt. Vergonha!
By Anaoj, at 3:33 PM
Digo mais: vergonha!
By Anaoj, at 3:34 PM
atão mas tu ousas insultar o meu belo do meu Barreiro no meu próprio blog? txe txé uma batata (como diz a manata) depilada não devia abrir a boca para falar de tão bonita cidade...tu tens é inveja da nossa bela estátua!
By Tati, at 3:40 PM
a natureza dá-me sono! não me interpretem mal, mas dá. a natureza lembra-me a hora da sesta... a calma, o fresquinho da relva e o quentinho do sol, mais os passaros, yadda yadda, yadda...
o nosso ilustrissimo maestro antonio vitorino de almeida (que agora anda a dar cabo da reputação nos anuncios da lusomundo) disse uma vez que adormecer a ouvir musica pode não necessariamente reflectir aborrecimento, mas antes relaxamento. atrevo-me a aplicar o mesmo à natureza - a natureza relaxa, logo dá-me sono.
de certeza k deve haver alguma corrente da psicologia/filosofia a dizer que é como o regresso às origens, ou que lembra o ventre materno bek bek bek...
enfim, axo k ja me xplikei
bjokas*********
By joana, at 4:05 PM
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