Aquele sítio traz-me recordações...
Quando passo por lá de carro ou autocarro procuro não trazer à memória certas lembranças, mas hoje foi impossível. Ao entrar por aquele portão outra vez senti como se o tempo voltasse atrás. Mas desta vez tudo está diferente. Pareço estar mais confiante do que alguma vez estive ao entrar por aquele portão (talvez porque agora ninguém mais me conhece lá a não ser os funcionários que lá permanecem e poucas faces que lá ficaram).
Olhei para as janelas dos pavilhões, para as pinturas que já existiam antes de lá ter estudado e até para aquelas que foram pintadas por cima ao longo dos anos. Vi novas caras. Mais velhas e mais novas. Procurei descobrir qual é a nova moda que lá se instaurou.
Lembrei-me de bons momentos que lá passei e procurei afastar-me dos maus.
Cada vez que entrava por aquele portão..."Bom dia!". Lá me respondiam:"Bom dia, menina!"
A maioria daqueles que lá trabalhavam olhavam o que fazia, comia, falavam simpaticamente comigo, viam qual era o meu chocolate favorito, sabiam todos os meus movimentos. Sei que era por preocupação mas às vezes aqueles olhares e perguntas me sufocavam, mas nem por isso eu deixei de viver o meu dia.
Contudo não pensem vocês que fui maravilhosamente feliz...não...a maioria dos momentos que lá vivi foram alguns bons momentos que me aliviavam de muitos muitos maus momentos.
Lá foram construídas amizades. Umas que se perderam, outras que ficaram mas apenas levemente, e ainda outras que permaneceram.
Cometi erros e fui "atropelada" por eles. Muitos e muitas coisas me desiludiram.
Sofri por um amor que não devia ter sentido.
Fiz figuras tristes...muitas...que me envergonharam e que, em conjunto com muitas situações, ajudaram-me a "seleccionar" (bem ou mal) com quem me dar.
Ri e também chorei!
Observei o rio do canto mais longe de toda a multidão que lá circulava. Multidão essa muitas vezes cruel comigo e com quem me rodeava sem sequer dizer uma palavra na minha direcção.
Escrevi poemas sobre o sol, o céu, o dia, sobre um "tu". Guardei-os na gaveta, alguns perdi-os, para outros disse:"Não quero mais olhar para ti."
Tudo isto escrevo para alívio ou talvez não...ás vezes escrevo porque alivia outras porque tem que ser assim. Não quero mais olhar para o que escrevi. Não vou ler nem reler o que atrás escrevi. Perdão pelos erros que existirem mas este pedaço de escrita, estas palavras (com sentido ou sem sentido, bem escritas ou horrivelmente mal escritas) não ... faltam-me mais palavras. Sinto que não disse tudo mas que já chega. Não! As palavras escritas não me magoam, não é essa a ideia com que quero que fiquem, não é isso que sinto. Sinto apenas que o que ficou la ficou. Não quero voltar atrás. Por muito difícil ou feliz que seja o presente, por muito assustador ou cor-de-rosa que seja o futuro, o amanhã...o passado não!Isso não!O passado é horrivelmente pior! Deixem-me seguir...mas sem olhar para trás ou olhando para ele apenas como livro, como lição para aprender/aprendida!
Não quer dizer que esqueça aquelas faces de outrora...não...isso jamais! Recordar-las irei levemente...como uma brisa que vem e vai. Mesmo aquelas que não vejo mais, não falo mais...ficarão sempre...mas apenas levemente...e só ocasionalmente.
Agora quero dar mais atenção àqueles que me rodeiam presentemente, que me ouvem, acolhem, acariciam, amam mas também desiludem (como é natural) regularmente...aqueles a quem eu chateio (e não é pouco!), aqueles que ouço e quero ouvir, aqueles cujo meu desejo é não mais me separar...provavelmente vou, quando tudo isto acabar(o meu coração espera que essa separação seja apenas física)...estou a ficar sem mais palavras...ainda à pouco disse o mesmo mas continuei a falar...parece-me, porém, que é desta que vou acabar. Resta-me saber como. Muitos de vós não vão ler até ao fim, não se preocupem é mesmo assim.
Tanta coisa para dizer...as palavras esforçam-se por expressar uns anos do meu pequeno viver, mas não conseguem encontrar maneira de os contar.
Escrevi muito?Escrevi pouco?Mais do que devia e menos do que estava à espera.
Olhei para as janelas dos pavilhões, para as pinturas que já existiam antes de lá ter estudado e até para aquelas que foram pintadas por cima ao longo dos anos. Vi novas caras. Mais velhas e mais novas. Procurei descobrir qual é a nova moda que lá se instaurou.
Lembrei-me de bons momentos que lá passei e procurei afastar-me dos maus.
Cada vez que entrava por aquele portão..."Bom dia!". Lá me respondiam:"Bom dia, menina!"
A maioria daqueles que lá trabalhavam olhavam o que fazia, comia, falavam simpaticamente comigo, viam qual era o meu chocolate favorito, sabiam todos os meus movimentos. Sei que era por preocupação mas às vezes aqueles olhares e perguntas me sufocavam, mas nem por isso eu deixei de viver o meu dia.
Contudo não pensem vocês que fui maravilhosamente feliz...não...a maioria dos momentos que lá vivi foram alguns bons momentos que me aliviavam de muitos muitos maus momentos.
Lá foram construídas amizades. Umas que se perderam, outras que ficaram mas apenas levemente, e ainda outras que permaneceram.
Cometi erros e fui "atropelada" por eles. Muitos e muitas coisas me desiludiram.
Sofri por um amor que não devia ter sentido.
Fiz figuras tristes...muitas...que me envergonharam e que, em conjunto com muitas situações, ajudaram-me a "seleccionar" (bem ou mal) com quem me dar.
Ri e também chorei!
Observei o rio do canto mais longe de toda a multidão que lá circulava. Multidão essa muitas vezes cruel comigo e com quem me rodeava sem sequer dizer uma palavra na minha direcção.
Escrevi poemas sobre o sol, o céu, o dia, sobre um "tu". Guardei-os na gaveta, alguns perdi-os, para outros disse:"Não quero mais olhar para ti."
Tudo isto escrevo para alívio ou talvez não...ás vezes escrevo porque alivia outras porque tem que ser assim. Não quero mais olhar para o que escrevi. Não vou ler nem reler o que atrás escrevi. Perdão pelos erros que existirem mas este pedaço de escrita, estas palavras (com sentido ou sem sentido, bem escritas ou horrivelmente mal escritas) não ... faltam-me mais palavras. Sinto que não disse tudo mas que já chega. Não! As palavras escritas não me magoam, não é essa a ideia com que quero que fiquem, não é isso que sinto. Sinto apenas que o que ficou la ficou. Não quero voltar atrás. Por muito difícil ou feliz que seja o presente, por muito assustador ou cor-de-rosa que seja o futuro, o amanhã...o passado não!Isso não!O passado é horrivelmente pior! Deixem-me seguir...mas sem olhar para trás ou olhando para ele apenas como livro, como lição para aprender/aprendida!
Não quer dizer que esqueça aquelas faces de outrora...não...isso jamais! Recordar-las irei levemente...como uma brisa que vem e vai. Mesmo aquelas que não vejo mais, não falo mais...ficarão sempre...mas apenas levemente...e só ocasionalmente.
Agora quero dar mais atenção àqueles que me rodeiam presentemente, que me ouvem, acolhem, acariciam, amam mas também desiludem (como é natural) regularmente...aqueles a quem eu chateio (e não é pouco!), aqueles que ouço e quero ouvir, aqueles cujo meu desejo é não mais me separar...provavelmente vou, quando tudo isto acabar(o meu coração espera que essa separação seja apenas física)...estou a ficar sem mais palavras...ainda à pouco disse o mesmo mas continuei a falar...parece-me, porém, que é desta que vou acabar. Resta-me saber como. Muitos de vós não vão ler até ao fim, não se preocupem é mesmo assim.
Tanta coisa para dizer...as palavras esforçam-se por expressar uns anos do meu pequeno viver, mas não conseguem encontrar maneira de os contar.
Escrevi muito?Escrevi pouco?Mais do que devia e menos do que estava à espera.
4 Comments:
*vénia*
By Anaoj, at 3:53 PM
*marina holds u really tight, the way u know i do, and kisses u in the hair, the way u know i do*
sabes?eu tb costumava ir ver o rio do mesmo canto, sem ninguém.por motivos diferentes, tvz.mx akela parte da escola smp foi especial. e dp claro, boas e más recordaçoes..bem, ja te dixe...e kto as tuas, tens k pensar k cm elas aprendeste.ha caras k vao tar smp na tua cabeça, lugares, vozes, funcionarios k se lembravam smp do kek comiamos ao pekeno almoço né?LOL. e profs! kto a ti n sei, mx eu guardo optimas recordaçoes d varios profs!
do mal k te lembras, engole, e segue em frente. para o bom caminho cm akeles k te amam e te aturam (tdas as manhas, santo deus!!! LOLOL). linda, tu sabes. hj ate tou mimosa, sabes bem o kek eu te fazia!!
adt mto
:)********************************************
By marina, at 3:55 PM
Percebo o que dizes e sinto e mesmo com a minha escola.
Acho que poucos são aqueles que podem dizer dizer que a sua adolescência não foi má - passamos todos pelo mesmo (idade do armário, repulsa de nós, medo, timidez (acho eu, caso contrário já falei de mais :P). Parece que o reflexo de quem fomos está impresso em cada parede.
Por outro lado (e tenho a certeza que já la chegaste) é bom quando entramos nesse espaço e, como se fosse um filme a passar à nossa frente, vimos na mesma parede a evolução que fizemos desde que de lá saímos... E sabe tão bem quando "provamos ao mundo" (que afinal é só aquele espaço) que aquele ser inconstante não eramos verdadeiramente nós, apenas uma fase da nossa evolução...
chega de escrever...
vénia à tati ;P
By joana, at 4:43 AM
acho que muita gente se revê no que escreveste. eu sei que me revi logo à primeira linha. não gosto daquele sítio onde estive. embora tenha dele bons amigos com quem ainda me dou, de quem gosto muito. não gosto da maneira como me enganou. pensava ir para algo melhor. a escolha foi minha. e logo no primeiro mês, tudo errado, ao contrário. ainda hoje custa-me passar à frente do portão. entrar então, esquece isso (belo trauma que tenho entre mãos, hein?). mas como a manata disse, por um lado repugno-me por outro olho com pose de sobrevivente. estive aqui e sofri mas estou melhor, foi uma stepping stone e agora estou num lugar mesmo melhor. ajudou-me a saber distinguir as pessoas. o que se diz. o que se faz. o que se mostra. o que se vê. o que realmente é.
por isso entendo o que dizes em cada palavra. entendo bem. por mais diferentes que sejam as boas e más recordações de cada um, a aprendizagem é praticamente a mesma. fomos dar ao mesmo caminho. crescemos de uma maneira igualmente produtiva :)
i also bow to you
and send you a really big kiss *
:)
By sahara, at 6:03 AM
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